segunda-feira, 29 de abril de 2013

Tradicionalistas temem descaracterizar CTGs após força-tarefa

Grupo vai fiscalizar galpões do RS para prevenir incêndios

A descaracterização dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) do Rio Grande do Sul é o maior temor dos tradicionalistas em função de uma fiscalização que será realizada a partir de maio com relação à prevenção de incêndios. A proibição de itens como o capim santa fé - utilizado nos telhados - e da madeira na construção dos galpões são questionados pelos tradicionalistas gaúchos.

A patroa do 35 CTG, Márcia Cristina Borges da Silva, explica que é importante que haja a fiscalização até porque os locais recebem centenas de pessoas. “O que não pode haver é a descaracterização do galpão de estância que representa a história de vida do gaúcho”. Segundo Mela, os frequentadores são favoráveis às medidas de segurança, mas há que se ter um cuidado em não proibir os itens fundamentais para a cultura gaúcha.

A força-tarefa é composta pelo Ministério Público (MP), Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Defesa Civil, prefeituras municipais e Corpo de Bombeiros. O presidente do MTG, Erival Bertolini, ressaltou que não existe CTG sem um fogo de chão, uma churrasqueira e madeira, itens que podem causar riscos e causar incêndios. Ele avalia que é possível projetar os espaços às necessidades exigidas.

Em uma segunda etapa do acordo, será realizada uma planta baixa e o desenho do estabelecimento, supervisionado por um engenheiro e pelo Corpo de Bombeiros, levantando o que é necessário para evitar possíveis tragédias.

Bertolini ressaltou que nunca houve incidentes nos prédios filiados à entidade. Cerca de 1,6 mil CTGs são ligados ao MTG. O promotor da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais do MP, César Faccioli, explica que o acordo tem o objetivo de adequar os espaços tradicionalistas aos projetos de prevenção contra incêndio.

Após o mapeamento e a realização das plantas, segundo o promotor, o Banrisul deverá abrir linhas de crédito para a realização das obras nos espaços tradicionalistas. Ele ressalta que as demandas são bem menores do que as exigidas em casas noturnas, até pelo número menor de pessoas presentes nos eventos.

Fonte! Chasque publicado na página eletrônica do Correio do Povo de Porto Alegre - RS, no dia 26 de abril de 2013. Abra as porteiras: http://portallw.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=497309

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